sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mendoza: Tierra del sol y del buen vino!

Para apreciadores do bom vinho e, até mesmo para quem não conhece ou não gosta muito, a degustação nas Bodegas de Mendoza pode ser uma agradável forma de conhecermos de perto o motor que propulsiona a economia dessa região, o vinho! Uma ótima oportunidade para conhecer-se a história, a chegada dos primeiros colonizadores, a forma de preparo, envelhecimento, os tipos de uva, etc.
Como o vinho é uma bebida tão antiga que se confunde com o início da civilização, a visitação nas caves subterrâneas é praticamente uma volta no tempo. Enquanto o guia falava eu ficava pensando na forma de plantio, os tipos de uvas, os barris para o acondicionamento, tempo de envelhecimento e a arte de degustar... São técnicas desenvolvidas com o passar dos séculos, desde a mais tenra idade dos hominídeos.
Fica impossível deixar de imaginar o cenário: Os primeiros seres humanos, ainda caçadores e coletores que esqueceram de beber um resto de suco de uva esquecido em algum recipiente. A temperatura estava adequada, o suco bem concentrado. Bom, provavelmente o vinagre foi descoberto depois, quando alguém quis viajar degustando ao mesmo tempo e, com o chacoalhar no lombo dos animais, azedou!

Obs.: Essa teoria do vinagre eu inventei agora. Não pesquisei referência nenhuma.


"Dijo el sabio Salomón que un buen vino agrada el corazón!!"


Depois encerramos a tarde conhecendo uma fazenda com oliveiras e que também fabrica o azeite de oliva. Mendoza não é a maior região produtora de azeite de oliva na Argentina, mas possui uma significativa porção do mercado. A maioria é exportada.
O melhor parte, obviamente, foi a degustação de alguns canapés com o azeite



Curiosidades: A azeitona colhida no pé (foto acima) é impossível de ser comida!! É horrível! Aquela que conhecemos no vidro e que comemos nas pizzas ficam por um bom tempo curtindo em uma salmoura. A que chegou a maturação completa é a preta.

A cidade começou a ser construida no ano de 1561 e, em 1861, Mendoza foi completamente destruida por um terremoto de magnitude 7.1 na escala Richter. Após esse evento sísmico, a cidade foi novamente reconstruída e então,  elaborado um novo plano arquitetônico na área denominada hoje de cidade nova.
Esta região foi planejada para ser totalmente arborizada a fim de que o clima mantenha-se agradável devido a grande quantidade de sombra nas avenidas e calçadas. Uma necessidade nessa região típica de clima desértico. A cidade possui uma praça principal denominada de Plaza Independencia e, nos quatro vértices foram construidas quatro praças; Plaza San Martin, Plaza Chile, Plaza Itália e Plaza España.





Plaza España: Os painés de azulejos pintados é uma das principais atrações deste local.




Geocuriosidades: A escala de Richter, que tanto se fala na televisão e muitas pessoas não fazem a minima idéia do que é, consiste num escala logarítmica que foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg da CALTECH (California Institut of Technology).  É um sistema para calcular as magnitudes das ondas mecânicas (denominadas de P e S) originadas em zonas de alta sismicidade.

A título de curiosidade:  na sua origem, a escala Richter estava graduada de 0 a 9, já que terremotos mais fortes pareciam impossíveis na Califórnia. Mas teoricamente não existe limite superior ou inferior para a escala, se consideradas outras regiões do mundo. Portanto, um terremoto da magnitude citada no inicio desse blog (7.1) pode causar sérios danos em uma superfície com grandes concentrações populacionais.
A região dos Andes, assim como suas regiões adjacentes, encontra-se próxima a zonas limítrofes de placas tectônicas (Placa Sul Americana e Placa de Nazca). Para quem não sabe, a Terra, em constante criação, transformação e destruição, faz com que o movimento convergente destas placas acumule uma tensão enorme que, ao chegar ao seu limite, é totalmente liberada. Dai, a catástrofe!
Bom, qualquer dúvida ou geocuriosidade a mais, estamos a disposição no 0800. Infelizmente não tem teleatendimento 24 hrs da geofísica mas estou a disposição (8 hrs por dia e quando terminar minhas férias obviamente!).




Retornando ao turismo: Hoje conheci o centro histórico da cidade e dei umas boas "voltas por ai". Muitas fotos ainda por vir... Embarcamos de ônibus para Santiago do Chile amanhã as 10:30h e faremos a travessia pela Cordilheira.

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